Medo de sair de casa
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Por: Andriano Martins
Medo de sair de casa
– Zezinho, vá à padaria buscar pão e leite.
– Você está louca! Eu não saio dessa casa por nada, não quero morrer!
– Como assim? Que medo é esse? Ou é preguiça?
– Eu hein! Vai que eu sou assaltado, uma bala perdida me acerta ou eu dou de cara com um caveirão e acabo sendo preso injustamente…
Narrativas como essa, de medo de sair de casa e enfrentar o mundo lá fora por causa de um “imaginário do medo”, têm estimulado manifestações de mal-estar, ansiedade e angustias, promovendo assim, o medo do outro no convívio do espaço urbano.
Embora a violência exista, esse medo frente à violência urbana pode estar sendo provocado devido à crescente exposição de atos de violência, que são constantemente divulgados em massa por meios de comunicação e mídias, bem como em boatos e discussões no cotidiano, que acaba fortalecendo o imaginário do medo.
Esse medo afeta as relações e os vínculos sociais de forma tão ameaçadora, que no contexto de incertezas e medo do outro, o “[…] distanciamento parece a única medida capaz de propiciar um pouco de alívio e segurança”. Dessa maneira, o indivíduo, a fim de manter a autopreservação, recorre a tentativas de fuga, evitando expor-se a situações que representem ameaça a sua integridade.
Presente desde os primórdios da história da humanidade, a violência se manifesta em todas as esferas do convívio social. É uma realidade existente, principalmente, nos centros urbanos em todo o mundo. Consequentemente, torna-se uma preocupação de todos, independentemente da etnia ou da condição social e econômica.
Se você está vivenciando tal situação de medo imaginário da violência urbana, precisa de ajuda médica-psicológica para descobrir a causa, que pode estar ocorrendo devido a um trauma físico de uma violência extrema, como por exemplo, um assalto ou até mesmo de abuso/violência sexual, pode ser também um sintoma de agorafobia ou apenas receio de abandonar o espaço do seu lar seguro e se expor ao convívio público, típico da síndrome da cabana.
Para ajudar você a superar esse medo ou trauma e retomar sua rotina, há várias atitudes e estratégias que podem te ajudar:
Respiração:
Quando estamos com medo sentimos sintomas como a Taquicardia, que faz o coração bater rápido demais e nossa respiração se torna curta e rápida.
Tente respirar profundamente e tire alguns minutos do dia para a prática de meditação ou exercícios respiratórios, que por sua vez, irão ajudar a superar a ansiedade e fazer desaparecer os flashbacks de pensamentos perturbadores.
Pratique exercícios físicos:
30 minutos de exercício físico, três vezes por semana, já é o suficiente para diminuir os sintomas de ansiedade e depressão. Caso o medo te impeça de frequentar uma academia ou fazer uma caminhada na rua, caminhe no quintal da sua casa ou no pátio do seu condomínio. Além disso, se puder comprar uma esteira também será uma boa opção!
Crie objetivos prazerosos
Associar a meta de sair de casa apenas para realizar as necessidades urgentes não vai te ajudar a criar objetivos prazerosos!
Busque motivação com pensamentos positivos, imagine objetivos prazerosos como, sentir o calor do sol, visitar um amigo, uma loja ou um lugar que traga lembranças inesquecíveis, sinta o prazer de sentir a brisa no seu corpo, sinta a experiencia de ser feliz para que você possa se animar a novas tentativas de sair de casa.
Enfrentamento
Quando vierem aqueles pensamentos de que alguma coisa ruim vai acontecer, a tendência é a aceleração dos batimentos cardíacos. Portanto, respire profundamente e seja persistente no enfrentamento de seus medos, pense em algo prazeroso e os sintomas do medo vão começar a desaparecer. Sendo assim, não desista, sinta o medo e siga em frente de qualquer jeito!
Faça análise para superar o medo
Análise terapêutica pode ser uma ótima ajuda para superar o medo. Visto que, o psicólogo poderá te ajudar a lidar com traumas que podem estar ocorrendo devido a um acontecimento consciente especifico ou por eventos inconscientes.
Se o medo de sair de casa está indo “longe demais” apresse sua busca pela análise e terapia!
Autor:
Andriano Martins
CRP:05/55017
Especialista em Neuropsicanálise e Psicoterapia Clínica.
eu não passo em frente do cemitério nem me pagando kskskssk
Moro com meus avós, eles não me deixam sair de casa porque acha que é muito perigoso eu andar sozinha na rua.
mas eu não tenho medo, que tem medo são eles.
hj tá perigoso até pra ir pra escola.
Affe!! Eu Preciso de ajuda para sair de casa com tranquilidade! :-/